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Quarta-feira, Novembro 09, 2005

Independência ou Porre!

Por Ibererê Burri

Clique para entender a multidão

Marcha soldado, cabeça de papel, quem não marchar direito, vai preso no quartel. Assim começamos nossa independência, em seguida, com uma bela dor de barriga gritam: - Independência ou Morte! - não perguntaram à ninguém e acabaram matando todo mundo no Brasil, de desgosto. Logo em seguida, quando compraram a República, começou nossa nova história, agora a história da dívida externa.

Cá estamos, sentados, votantes e embreagados, ou não, não votantes, não calados e de pé, para aplaudir mais um feriado de identidade inóspita, mais um feriado para comemorar o isolamento político do brasileiro. Com a máquina pública inchada, um sistema político pra lá de falido, o feriado cumpre o papel dos papéis, mais um dia chato de nada, para entediar o povo no sofá.

Agora não temos mais uma ditadura militar para reclamar e reclamamos por não ter o que reclamar. Vivemos a República das Bananas, onde nós, os primatas, somos alimentados com bananas, afinal, no velho ditado já dizia: - Ao vencedor, as batatas! - nós ficamos com as bananas, mais saborosas, porém tão desvalorizadas moralmente que fazem-nos pensar sermos perdedores.

Aqui na República das Bananas, ao contrário da idealizada na primeira utopia - A República de Platão - esta república não tem filósofos no poder, tem mentirosos poderosos que não largam o osso, que acumulam seu poder com a inflação e com os juros altos. Nesta república também não tem decisão em praça pública, muitas vezes nem praça e nem decisão têm.

No dia da proclamação de república iremos ouvir um hino planejado, onde os filhos não fogem à luta, mas fogem, vêem Faustão no Domingo e acham que política e religião não se discutem. No hino ainda, um grito com dor de barriga é tratado como o: “Ouviram do Ipiranga às margens plácidas / de um povo heróico o brado retumbante...”. O Brasil é onde o ditos populares se transformam, onde bananas são o pão e televisão é o circo, somos então banana e televisão, não necessariamente nessa ordem ou nesse sentido, mas somos isso aí até sermos diferentes, até fazermos dos momentos de lucidez, momentos de transformação.

Podemos esbravejar, nos unir e fazer do Brasil um país mundo, um país que represente sua condição continente e que faça jus à sua natureza explendorosa. Para isso, olhemos para frente e nesse feriado, façamos um dia de trabalho para a nação, um dia de consciência e liberdade levando adiante a nossa história, passando por cima dela e rompendo com os velhos vícios do Brasil.

Colaboração: Guilherme Meneghelli
11/09/2005 12:04:22 AM
 

4 COMENTÁRIO(S):

09 Novembro, 2005 09:09 

09 Novembro, 2005 09:15 

09 Novembro, 2005 09:29 

11 Novembro, 2005 14:27 

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