Sejamos francos, diretos, sensatos, objetivos e tudo mais que existir para encurtar um debate onde os argumentos de ambos os lados são tão próximos que torna a questão híbrida, ou até, embriagada de tanto boteco cheio de gente discutindo sobre o desarmamento.

Francamente, prefiro contar carneiros para fechar os olhos. Amigos, o país ta aí, os Estados Unidos alí, diga-se de passagem pelo Paraguai, instalando bases militares sobre o nosso precioso Aquífero Guaraní.

O desarmamento é uma questão que toca a ferida de poucos, afinal sabemos que as armas legais são poucas, os portes de armas liberados pouquíssimos e a morte por arma legal, por alguém com porte de arma legal, menos que pouquíssimo.

Uma questão relevante é que o Sim! estará aguçando a corrupção, afinal, com o aumento da dificuldade de compra de arma, o mercado informal crescerá, pois o preço aumentará, ou pensam que juízes, promotores e advogados andarão com a Santa Constituição no bolso para se protegerem? Ah, cabe aqui lembrar que o Sim! não tirará o direito de quem provar estar sofrendo ameaça poder portar arma. Além do que ninguém e nada pode garantir que essa pessoa não se irritará o suficiente no trânsito para mandar bala.

O Não! luta pelo que está, pela não proibição do direito de defesa do cidadão com arma, lembrando que no ano passado foram entre 60 e 70 o número de porte de armas liberados no país, será que é justo todo este investimento no referendo (dinheiro suficiente para reaparelhar a polícia). Lembrando também a bolada de pra lá de R$ 400 milhões gastos com o referendo.

Sugiro acabar com a discussão votando NULO, assim não seremos cúmplices desta barbárie de referendo, francamente.

Este texto, necessariamente, não abrange a idéia de todos os que escrevem neste site, ainda bem!

Tem gente que acorda hoje só pra morrer mais um pouquinho até amanhã, só pra dar um pouquinho de desgosto na vida dos desvalidos, só pra pisar na bola e negar a mão à um amigo estendido ou mesmo para não olhar nos olhos dos cotidianos cansados.

Cada dia mais vai morrendo, desgostando e desaprendo a vida. Ah, porque aprender é viver com alegria, é viver sem ter tempo de não ter tempo, viver é amar o próximo passo e fazê-lo como se fosse a útima vez que o pudesse fazer, como se fosse a única coisa que o fizesse alcançar o amanhã.

Mas tem gente que não faz, tem gente que sabe que é a última vez e mesmo assim faz pose de durão, enfrenta a felicidade com todo o arrependimento do mundo, com todo o medo de arriscar e dizer a verdade. Enfrenta a verdade com mentira, um olhar com uma risadinha ou mesmo um amanhã com um ontém já ultrapassado.

Morre todo dia e acorda tarde, acorda atrasado, não para, não pensa, não brinca e não lê. Tem tanto tempo pra perder tempo que fica sem tempo mesmo, fica sem espaço também e assim não viaja, não conhece e assim desiste rápido dos sonhos, encara mais um dia como se fosse sempre mais um dia e com o peso de só mais um dia.

E se um dia o mundo inteiro acordasse, mais cedo, um pouco mais cedo a cada dia, e cada dia mais, mais amigos fossem amigos de mais amigos, e se um dia tudo isso vir à tona, num sonho desvairado, num pensamento delirante ou mesmo num texto sincero... e se esse "se" for verdade? Certamente não é certo, nem errado, nem fácil, nem difícil, nem tão pouco mediano.

Quando ser for uma questão de honra, quando olhar nos olhos for uma necessidade, uma obrigação, quando apertar a mão e ser amigo um precedente para qualquer negócio, aí sim teremos a terra dos homens cheia de vida, cheia de pessoas hoje construindo o amanhã, pensando na felicidade antes de pensar no salário ou no salafrário, olhando pra sí assim como olha pro próximo ou como olha para o espelho, envaidecido pela beleza que é se reconhecer.